sexta-feira, 5 de outubro de 2012




Linha do tempo mostra transformação de Ronaldo durante carreira profissional

ter, 02/10/12

por Tainá Bilate |
categoria História

Ronaldo Luís Nazário de Lima, 36 anos, herói do pentacampeonato, três vezes vezes eleito o melhor jogador do mundo. A trajetória de sucesso do Fenômeno no futebol profissional começou ainda garoto,  aos 16 anos, no Cruzeiro. Consagrou-se no futebol europeu e, defendendo a seleção, conquistou o título de maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Da estreia, em 1993, até a aposentadoria, em 2011, foram sete clubes, quatro Copas do Mundo, mais de 500 jogos e centenas de gols.
Confira a linha do tempo com a transformação de Ronaldo durante a carreira profissional.
Ronaldo Luís Nazário de Lima, 36 anos, herói do pentacampeonato, três vezes vezes eleito o melhor jogador do mundo. A trajetória de sucesso do Fenômeno no futebol profissional começou ainda garoto,  aos 16 anos, no Cruzeiro. Consagrou-se no futebol europeu e, defendendo a seleção, conquistou o título de maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Da estreia, em 1993, até a aposentadoria, em 2011, foram sete clubes, quatro Copas do Mundo, mais de 500 jogos e centenas de gols.
Confira a linha do tempo com a transformação de Ronaldo durante a carreira profissional.

Projeto Medida Certa - O Fenômeno





Marcio Atalla explica como será a preparação de Ronaldo para o Medida Certa





No domingo (23), Ronaldo Fenômeno deu o pontapé inicial em busca da medida certa. Serão três meses para uma reeducação alimentar e hábitos mais saudáveis. Comandando esse projeto junto a Ronaldo, está o preparador físico Marcio Atalla.
Qual a diferença de treinar um ex-atleta e uma pessoa sedentária?
Atalla- Tem vantagens e desvantagens. Um ex-atleta tem memória muscular, maior massa muscular, executa melhor os movimentos e principalmente, tem uma tolerância maior ao esforço, ou seja, aguenta uma intensidade mais alta de exercício. A desvantagem é que normalmente já apresenta problemas físicos e é necessário muito cuidado para não machucar.

Quais são os objetivos do Ronaldo?
Atalla- O primeiro é retomar uma rotina de atividade física, que sempre foi presente na vida dele. Ele também quer melhorar a saúde e ter mais fôlego para as atividades do dia a dia.
Qual a sequencia / série de exercícios que você pretende fazer com ele?
Atalla- Reforçar a musculatura das pernas, glúteos e abdômen. Junto com isso melhorar a condição cardiorrespiratória dele. Ir evoluindo treino a treino, sem ter pressa.

Quais são os piores hábitos alimentares dele?
Atalla- Ele comia muita gordura e pouca fibra, mas não era uma pessoa de hábitos muito ruins. Na verdade, como era atleta e tinha um grande gasto calórico, também comia muito. Virou sedentário e manteve a mesma quantidade de comida. Com pequenas trocas para diminuir a ingestão de gordura e colocando atividade física, ele vai entrar na medida Certa.
Para você, qual será o maior desafio ao treiná-lo?
Atalla- É conseguir criar o hábito de se exercitar diariamente. Fora isso, evitar qualquer tipo de lesão.
Existe uma dica fundamental que você tenha passado pra ele sobre exercícios e alimentação?
Atalla- Nesse início mais importante de tudo é a regularidade, tem que se exercitar cinco vezes na semana. Também reforço muscular para as pernas. Na alimentação, diminuir ingestão de gordura e trocar a bebida destilada pela fermentada. Mas antes do Medida Certa ele bebia apenas duas sou três vezes no mês.



Projeto Medida Certa - O Fenômeno


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Beisebol

Sequência Didática

Introduza o beisebol nas aulas de Educação Física

Muitas vezes, as aulas de Educação Física ficam restritas a vôlei, futebol, basquete e handebol. Amplie o repertório da garotada com um esporte que, mesmo não sendo comum por aqui, é praticado em diversos países

Objetivos
- Desenvolver o conhecimento sobre o beisebol, uma modalidade esportiva pouco desenvolvida no contexto escolar brasileiro.
- Ampliar o repertório esportivo e motor.
- Conhecer alguns elementos que compõem essa modalidade, popular em outros países.

Conteúdos

- Beisebol e jogos similares.

Anos

8º e 9º anos.

Tempo estimado

10 aulas

Material necessário

Cabos de vassouras, garrafas pets com um pouco de água, bolas de borracha pequenas e nº10 ou nº12, giz, bambolês, cones, coletes, computadores com acesso à internet, projetor, cartolinas. Material informativo sobre o esporte, como os livros Beisebol: histórias de uma paixão (Célia Abe Oi) e Tradição, família e prática esportiva: a cultura japonesa e o Beisebol no Brasil, (Kátia Rubio)


Flexibilização

Para alunos com deficiência física (nos membros inferiores)
Se você tem alunos cadeirantes, mas com domínio dos movimentos nos membros superiores, explore o que eles conseguem fazer: os lançamentos e até mesmo as rebatidas do jogo de taco são movimentos possíveis. Para evitar que este aluno fique em desvantagem com relação aos colegas que estão correndo, uma sugestão é propor que nos lançamentos e rebatidas todos estejam sentados em cadeiras. O importante é incluir o aluno em todas as etapas da sequência, atribuindo a ele responsabilidades. A intervenção do educador, neste caso, serve para mostrar à turma que nem todos são capazes de fazer as mesmas coisas do mesmo modo - e que este não é um motivo para "excluir" alguém do grupo. Por isso, proponha o diálogo com a classe e peça ajuda dos colegas para que cheguem a uma solução para incluir o aluno com deficiência física, sem que ele seja o "café com leite" das partidas.

Desenvolvimento

1ª etapa
Para apresentar o beisebol aos alunos é necessário fazer um diagnóstico do que eles sabem a respeito. Pergunte: "Quem já ouviu falar sobre o beisebol? Onde vocês viram algo sobre isso? O que é o beisebol? Já assistiram a algum jogo? Como ele é jogado e quais são as regras?" Anote todas as respostas que eles derem no quadro. Em seguida, apresente o vídeo O beisebol nos jogos olímpicos, do site How Stuffs Works? para situá-los brevemente sobre o esporte. Pergunte se as informações que apareceram no vídeo têm similaridade com as que estão no quadro e se surgiram dados diferentes ou novos. Registre-os em cartazes ou sugira que as anotações sejam feitas individualmente e conservadas para que possam ser retomadas em etapas posteriores. Caso alguma informação levantada anteriormente esteja errada, problematize a questão, sem apontar o erro. Pergunte se tem algo que tirariam da lista de características do beisebol e por que. Deixe apenas a lista final, com as conclusões que devem permanecer.

2ª etapa

Com base nos dados apontados, proponha uma pesquisa na sala de informática. Peça para que a turma forme grupos de no máximo seis pessoas, para investigar tópicos sobre o beisebol, definidos por você. Eles deverão apresentar o que investigaram para a turma. Os temas podem ser: regras principais, histórico, materiais, vestimentas usadas (e suas funções), países onde é mais praticado, curiosidades, beisebol no Brasil e função dos jogadores. Na ausência de internet, vá à biblioteca ou leve materiais selecionados previamente sobre o assunto e distribua para que o grupo pesquise. Depois da socialização das pesquisas, realize uma roda de conversa com os alunos para sistematizar as informações. Pergunte quais chamaram mais atenção. Coloque-se à disposição para esclarecer eventuais dúvidas.

3ª etapa

É hora de começar as vivências corporais. O beisebol é similar a alguns jogos populares no Brasil, como o taco. Por isso, para criar uma identificação dos alunos com o esporte, vale trabalha-lo antes, ressaltando as características que eles têm em comum.

Taco

Organize uma partida de taco, ressaltando as similaridades com o beisebol e as diferenças. As regras do jogo podem ser consultadas no site. Algumas adaptações podem ser feitas para trabalhar na escola, dependendo do espaço, do material ou do número de alunos que você tenha. Veja abaixo:

Aproximações:
os materiais são similares (taco e bolinha), o número de equipes é o mesmo (uma de ataque e outra de defesa), há presença de bases no jogo (neste caso são duas bases. Já no beisebol são quatro), a rebatida é um dos elementos principais para pontuar, mas também pode eliminar o ataque.

Adaptações:
Como o jogo geralmente é composto por 4 pessoas, pode-se colocar diversos grupos espalhados na quadra ou até fora dela, caso não haja espaço. Para ensinar o número de entradas (innings) do beisebol, o professor pode terminar o jogo quando a dupla realizar 9 pontos (em vez de 10, que é comum no taco).

Neste jogo, os alunos podem aprender diversas regras do beisebol como: número de
innings, mostrar algumas funções dos jogadores, a importância de se chegar às bases, como pontuar no beisebol e diferentes tipos de estratégias de jogadas.

4ª etapa

Realize o jogo de beisebol com todas as regras oficiais, materiais similares, quatro bases, números exatos de jogadores (9 jogadores em cada equipe) e apresente possibilidades de jogadas estratégicas como o home run. As regras desta modalidade podem ser consultadas nos seguintes sites:
- http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/tem-bola-tem-taco-nao-golfe-nem-sinuca-532541.shtml 
- http://vigorbasebol.no.sapo.pt/regras.htm  
- http://vigorbasebol.no.sapo.pt/regras.pdf  

5ª etapa

Proponha algumas adaptações no jogo para adequar ao contexto escolar, como: diminuir do número de innings para dar tempo de todos jogarem em uma aula, número maior de jogadores para que todos possam vivenciar ao mesmo tempo, modificação do espaço etc. Pergunte para os alunos o que poderia ser modificado e teste as sugestões com eles em aula para ver se essas modificações trazem benefícios para o desenvolvimento do jogo e para a aprendizagem da turma.

6ª etapa

Sugira aos alunos um festival de beisebol, onde todos participariam da criação e execução de todo o processo. Com base nas regras oficiais do beisebol e das atividades similares que os alunos conheceram anteriormente, eles irão pensar juntamente com o professor em regras adaptadas para o festival que ocorrerá com a turma dele. Pontos principais a serem pensados para a elaboração do festival:

- Regras adaptadas ou criação de novas regras;

- Número de jogadores (pode aumentar ou diminuir conforme a necessidade);
- Número de innings (entradas) se é necessário alterar para que todos possam participar;
- Rodízio de jogadores para que todos passem por todas as funções (verificar se é necessário no ataque e na defesa ou só em um);
- Número de árbitros que os alunos acham necessário;
- Definir quem marcará o placar e as súmulas dos jogos?
- Definir se terão mais de duas equipes e como será feita a tabela se houver mais de duas equipes?
- Pedir para os alunos darem um nome a sua equipe criando uma identidade para cada grupo.
- Definir a premiação e verificar como pode ser feita ou comprada.
- Definir todo o material que será necessário no dia (súmulas, cartazes com as tabelas de jogos, giz para fazer a base ou cone para sinalizar a mesma (ou outro material elaborado pela turma para servir de base), placar (ex: placar feito de cartolina), uniformes (pode ser colete da escola ou algum uniforme elaborado pelos alunos.

Depois de definir todos esses pontos com os alunos e fazer o material citado acima, lembre-os de que o festival é um evento que tem como objetivo compartilhar conhecimentos; confraternizar com os colegas; vivenciar a modalidade aprendida por todos e não só por alguns; verificar realmente o que o aluno aprendeu sobre o beisebol (pois os alunos participaram de todo o processo de construção e aplicação da atividade); respeitar as diferenças jogando com todos e com os outros; e que apesar de ter competição, todos serão premiados no final. 


No dia do festival, os alunos já terão de saber todas as suas funções, onde colocar e o que fazer com cada material e organizar toda a estrutura do festival. Oriente-os durante o evento, mediando todas as ações que ocorrerem e esclarecendo as dúvidas. Não se esqueça de colocar os alunos também pra registrar o evento, seja por foto ou filmagem, assim esse material poderá ser utilizado para socializar o aprendizado na comunidade escolar (ex.: fazer cartazes ou murais com fotos na escola para divulgar como foi esse trabalho para todos; se a escola tiver um blog, postar as fotos e os vídeos do evento nele).


Avaliação

Proponha que os alunos se auto avaliem individualmente, refletindo sobre todo o processo de aprendizagem do beisebol, os jogos vivenciados, a criação e a execução do festival pela turma. Separe a auto avaliação em 4 partes: 1) Aproximação do tema e processo de criação dos jogos; 2) Apresentação dos jogos e participação da turma no processo; 3) Vivências dos jogos parecidos com o beisebol e com as regras oficiais; 4) Criação e Aplicação do Festival. Em cada tópico os alunos devem considerar o que aprenderam, o que foi mais ou menos interessante, o que de fato aprendeu, quais momentos mais gostou, como foi participar deste processo e o que ele mudaria para melhorar está forma de trabalhar com o beisebol?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sedentarismo e Atividade Física


Sedentarismo e atividade física

Estimule os alunos a refletirem sobre o hábito de fazer exercícios e peça que orientem a comunidade escolar sobre os prejuízos de ser sedentário
Pessoas fazendo ginástica. Imagem: Madalena Teles

Objetivos
  • Conhecer as reações fisiológicas do corpo humano provocadas pelo sedentarismo e pela falta do exercício
  • Entender as conseqüências e os riscos do sedentarismo para a saúde física e mental como doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais
  • Identificar as boas práticas corporais que podem ser realizadas dentro e fora da escola como prevenção e para a aquisição de um bom condicionamento físico
  • Aprender os procedimentos básicos de treinamento para qualificar a prática da atividade física
  • Valorizar a atividade física e o exercício como fatores que contribuem para a saúde e a qualidade de vida.

Conteúdos
  • Sedentarismo, Atividade Física e Saúde
  • Princípios da Teoria do Treinamento Físico
  • Programa de Atividade Física

Anos

8º e 9º Ano (Ensino Fundamental)

Tempo estimado
Sete aulas

Materiais necessários
Computadores com acesso à internet.

Introdução
Muito se fala sobre a importância da prática de atividades físicas para a prevenção de doenças e a manutenção de uma boa saúde. Porém as conseqüências do sedentarismo não são difundidas com a mesma intensidade. As aulas de educação física na escola podem contribuir para que os adolescentes compreendam melhor quais são os fatores de risco para a saúde, provenientes do sedentarismo.

Segundo o médico Dráuzio Varella, "são tantos os benefícios da atividade física, que só existe uma explicação para a vida sedentária que a maioria das pessoas leva: praticar exercícios vai contra a natureza humana". Diz o Dr. Dráuzio que o ser humano tem uma tendência a não desperdiçar energia, mas a vida dita "moderna" tem nos feito "acumular" energia e, consequentemente, acumular "doenças" graves e degenerativas. Qual a saída? Movimentar-se mais e com qualidade!

O desafio da escola, mais precisamente da educação física escolar, está em motivar as crianças e os jovens para a prática da atividade física. O que se vê normalmente é que os adultos têm consciência sobre a importância do exercício, mas não o praticam; Já as crianças e os jovens normalmente gostam das aulas de educação física, praticam as atividades propostas, mas não adquirem a consciência e o conhecimento necessários para continuar se exercitando quando saem da escola. Neste plano de aula os alunos terão a oportunidade de aprender mais sobre as reações provocadas no corpo humano pelo sedentarismo e construir conhecimento para encontrar o equilíbrio entre o "saber" e o "fazer", ou seja, se motivar para incorporar na sua rotina diária a prática de exercícios e atividade física.

Desenvolvimento

Aula 1
É preciso cuidar para que os espaços estejam organizados antes do início das aulas. Ao longo da sequência didática os alunos vão estudar e praticar diferentes atividades, algumas mais práticas e outras mais teóricas.

Inicie fazendo um diagnóstico sobre o conhecimento que os alunos possuem sobre o tema e apresente suas ideias e as expectativas de aprendizagem. É importante equilibrar as atividades para que sejam realizadas leituras e reflexões sobre o material teórico e algumas experimentações corporais.

Nas rodas de conversa iniciais faça algumas perguntas para identificar o conhecimento prévio dos alunos:

Você sabe o que é sedentarismo?
Qual a relação entre sedentarismo e envelhecimento?
Quais as conseqüências do sedentarismo para a saúde física e mental?
Quais as atividades que envolvem esforço físico praticadas pelos alunos dentro e fora da escola? Qual a freqüência e a intensidade?
Quais são as mais "queridas" do grupo? Quais gostariam de praticar e conhecer melhor?
Quais gostariam de praticar como atividade regular?


Não se esqueça de registrar as respostas no seu diário de bordo. As perguntas podem ser entregues em forma de questionário e os alunos podem respondê-las com o auxílio de recursos como textos e sites na internet, como o site da revista Saúde!

Organize as respostas em um painel ou em slides e apresente aos alunos. Este é o momento de "chocar" o grupo sobre as conseqüências de uma vida sedentária.

A sugestão é que a turma conheça as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde (envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares, ósseas e musculares, degenerativas e emocionais). Os alunos precisam ser motivados para a importância da atividade física bem feita como um fator de prevenção. É importante que eles saibam que não existe milagre e que um bom programa de exercícios pode ser pensado a partir das atividades já praticadas no dia a dia, dentro e fora da escola.

Neste momento, abra um espaço para as primeiras experiências práticas e inicie a conscientização sobre o que é uma boa atividade física e qual sua regularidade, intensidade, continuidade e progressão. Vale lembrar que as diferentes práticas da cultura corporal (jogos, esportes, ginásticas e atividades físicas, danças e lutas) e as atividades do dia a dia (caminhadas, skate e bicicleta, por exemplo) podem e devem ser consideradas.

Para finalizar esta etapa a sugestão é selecionar, junto com os alunos, as atividades da próxima aula e iniciar a organização e o planejamento. Boas estratégias podem ser a introdução do "Quadro de Práticas e Praticantes", que serve para classificar as atividades, introduzir os princípios do treinamento e contribuir para que cada aluno possa iniciar um projeto pessoal de atividade regular.

Aula 2
Comece apresentando o cronograma de trabalho, que deve ter sido produzido com aproveitamento das sugestões feitas na aula anterior. Explique aos alunos que durante uma semana eles deverão fazer atividades corporais para compreender a relação entre o sedentarismo e doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e infarto.

O foco deve estar nos benefícios da atividade física e o desafio será relacionar as consequências do sedentarismo para a vida dos jovens também no presente. Um bom caminho pode ser falar sobre os sintomas causados tanto pelo sedentarismo, como pela atividade física bem feita.

Esta é a oportunidade para ensinar os alunos a qualificar um programa de atividade física. Inicie entregando um "Quadro de práticas e participantes", uma tabela que deve conter atividade, objetivo (para diversão, para condicionamento físico), dias da semana, duração, intensidade (forte, moderada) e com quem (se com amigos da rua, sozinho etc).

Aula 3
Após uma semana, os alunos devem trazer seus registros e o professor (com a ajuda do grupo) organiza um quadro síntese com as principais informações coletadas. Este será o ponto de partida para organizar os hábitos da turma, comece a discussão com perguntas como estas:

Quais são as principais atividades praticadas pelo grupo?
Quanto tempo, em média, o grupo investe semanalmente para a prática do exercício?
Como estas práticas se caracterizam com relação à duração e intensidade?
Onde são realizadas as atividades físicas? Quais delas são realizadas na escola?
Elas têm como objetivo o lazer e a saúde?
As pessoas praticam sozinhas, em grupo, com amigos?


A partir das informações da tabela, os estudantes e o professor podem selecionar as atividades que serão praticadas na escola. Devem ser escolhidas aquelas que motivem os alunos e que respeitem alguns princípios da teoria do treinamento. Se falamos de saúde e condicionamento físico é importante selecionar as atividades que sejam inclusivas e de possível participação de todos.

Trabalhe também os princípios do treinamento: especificidade, esforço, sobrecarga, continuidade, regularidade, progressão e recuperação. Os alunos precisam entender que para um bom condicionamento físico é preciso relacionar na medida certa frequência e intensidade.

Aula 4, 5 e 6
Reserve estas aulas para a prática escolhida e oriente sempre que necessário, tendo em mente as expectativas de aprendizagem. Ao mesmo tempo em que os exercícios são realizados o grupo deve se organizar para preparar o folder que será entregue à comunidade escolar. A idéia é disseminar os conceitos que envolvem o sedentarismo, as suas conseqüências e a importância do exercício para a saúde. O folder será entregue em uma aula aberta, ministrada pelos alunos na última aula da sequência.

Este folder dever ser escrito com uma linguagem informal e deve responder as seguintes perguntas:

O que é sedentarismo?
Quais as suas conseqüências para a saúde?
Por que fazer atividade física?
Quais os princípios a serem seguidos para qualificar a atividade? Qual a rotina a ser seguida em uma sessão exercício? 


Não esqueça de garantir os recursos e espaços necessários para o trabalho. A sala de informática pode ser utilizada para a pesquisa. Livros e revistas também devem ser utilizados. A turma pode ser dividida em grupos, com responsabilidades diferentes como escrever o texto, ilustras, cuidar da impressão etc.

Aula 7
Organize com os alunos uma aula aberta para a comunidade escolar, ocasião em que será divulgado o folder preparado pelos alunos. Proponha que os alunos participem perguntando:

Quando vai ser?
Onde?
Quem serão os convidados?
Quem são os alunos que vão coordenar a atividade?
Quais os recursos necessários?
Quais serão as atividade realizadas?
Em qual momento o folder será entregue?
Como o conteúdo do folder será trabalhado com os participantes? 


Lembre que é preciso um tempo para mobilizar a comunidade. Os alunos deverão se dividir em grupos - alguns preparam os convites, outros se responsabilizam pela inscrição. É importante que todos estejam envolvidos!

Para a apresentação, os alunos deverão contar um pouco sobre a própria experiência. Peça que contem se alguém já praticava atividade física regularmente ou se alguém que era sedentário dê seu depoimento. Questione também o que aprenderam no desenvolvimento deste projeto e se mudaram os próprios hábitos e dos familiares.

Aula 8
Reserve este tempo para a aula aberta ministrada pelos estudantes.

Avaliação 
Observe se os alunos conseguem falar sobre as consequências e os riscos do sedentarismo para a saúde e se conseguem identificar os critérios e princípios básicos para selecionar as atividades físicas mais apropriadas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vamos jogar flag football, badminton e beisebol


Leve para a escola esportes que os alunos não conhecem ou só viram na televisão e na internet. As novidades ampliam o repertório deles e renovam a dinâmica das aulas

Fernanda Salla


Flag Football. Foto: Fernanda Preto
Flag Football É uma variação do futebol americano, mas com menos contato físico entre os jogadores. São formados dois times, com quatro a nove integrantes, cada um. O objetivo é fazer o maior número de pontos. Os jogadores prendem duas fitas(flags) na cintura com velcro. Quem está com a bola tem de fazê-la chegar até o fim do campo adversário com passes entre os colegas e correr para marcar gols, impedindo que os oponentes peguem uma das flags. Se isso ocorrer, a jogada é interrompida.
Você já se questionou por quê, em muitas escolas - quem sabe até na qual você leciona -, o futebol, o handebol, o basquete e o vôlei dominam a cena das aulas de Educação Física sem deixar espaço para outros jogos coletivos? A supremacia do que é chamado ironicamente de "quarteto fantástico" por alguns educadores é determinada pela história da disciplina, por um modo sedimentado de trabalhar (resultado de pensamentos como "se sempre foi assim, por que mudar?"), pelo espaço que alguns desses esportes ocupam na mídia e também pela popularidade no Brasil.

Se fora do ambiente escolar existem outras modalidades, mesmo que elas sejam desconhecidas da moçada, Marcos Garcia Neira, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), defende que elas não só podem como devem ser apresentadas, estudadas e vivenciadas na escola.

Isso não quer dizer abrir mão do que é considerado tradicional, mas ampliar o repertório dos estudantes, fazendo com que eles reconheçam a existência de diversos grupos culturais criadores de seus próprios esportes, danças, ginásticas, lutas, jogos e brincadeiras. "Em uma escola comprometida com a formação de identidades democráticas, é preciso ter contato também com outras práticas que não somente aquelas determinadas por uma classe social específica", diz Neira.

Como fazer isso? Nada de esperar a época das Olimpíadas ou outro momento especial. É claro que esses acontecimentos são excelentes disparadores para trabalhar o tema. Apesar disso, um bom planejamento, sustentado por muita pesquisa, é suficiente para proporcionar aos alunos algumas novidades durante as horas na quadra. Eles, inclusive, podem levar para a aula algumas informações. Foi exatamente isso o que aconteceu no Colégio São Luís, na capital paulista. O fato provocou mudanças na dinâmica das aulas, dando espaço ao beisebol, ao badminton e ao flag football (leia informações sobre eles nas fotos da reportagem). "Sempre trabalhamos os esportes ditos clássicos, mas os estudantes passaram a perguntar e a assistir a outros esportes e isso fez com que eu repensasse o conteúdo a ser trabalhado nas aulas", conta Fabio Oliani, coordenador e professor do 7º ano.





Adaptar o material, o tempo, as regras e o espaço para jogar
Badminton. Foto: Fernanda Preto
Badminton É semelhante ao tênis, mas usa-se uma peteca, em vez da bola. Pode ser disputado entre duas pessoas ou duplas (feminina, masculina ou mista). O objetivo é rebater a peteca em direção ao lado oposto da quadra para que ela caia no espaço do adversário e, assim, marcar pontos. É possível pontuar com saques também. Quem somar 21 ganha o game. Cada partida é composta de três games e vence o jogador ou a dupla que ganhar primeiro dois deles.
Beisebol. Foto: Fernanda Preto
Beisebol É disputado entre duas equipes, com nove jogadores, cada uma, que devem se revezar, basicamente, entre os arremessos de bola e as rebatidas com o taco. O objetivo é marcar mais pontos (também denominados corridas) que o time adversário no tempo de 9 innings (também chamados de entradas). Os pontos podem ser marcados entre as quatro bases ou quando o jogador consegue percorrer todas de uma só vez (o chamado home run).
Para definir as novidades que serão estudadas, você pode realizar várias investigações - por exemplo, conhecer o entorno da escola e procurar saber com a comunidade qual é o esporte da vez nas ruas e nos parques. Vale também descobrir a quais competições os alunos assistem na TV e na internet, estudar por conta própria ou ainda propor que a turma faça pesquisas, indicando alguns temas específicos. "Práticas típicas de países distantes, por exemplo, costumam despertar a curiosidade deles", diz Fábio D’Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação (IEE) e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

Nesse momento, você pode estar se questionando se é possível mesmo vivenciar o beisebol, o badminton e oflag football na escola. Como organizar a turma toda para jogar em duplas, no caso do badminton? É necessário ter material específico? Como adequar o espaço disponível de acordo com as quadras oficiais?

Como o objetivo não é formar jogadores profissionais nem organizar partidas seguindo as regras das federações, e sim proporcionar vivências e estudar a teoria relativa a cada um, algumas alterações são mais do que necessárias: são bem- vindas e interessantes para serem discutidas com a turma. Em geral, elas têm a ver com os aspectos a seguir:

- Material Na falta de bastões de beisebol, por exemplo, recorra ao material usado para jogar taco, uma brincadeira de rua tradicional. Se a escola não tem uma bola de flag football, outras de tamanho semelhante podem substituí-la. Para o badminton, uma peteca comum pode ser usada em vez da oficial.

- Tempo No período da aula regular, é impossível realizar partidas com a duração dos jogos oficiais de beisebol, por exemplo, que levam entre duas e três horas e meia. Reduza a duração modificando a dinâmica: um aluno arremessa a bola e outro rebate. Outra opção é você ser o lançador para que a turma, em fila, rebata. O mesmo vale para o badminton.

- Regras Restringir as jogadas de contato do flag football, por exemplo, permite evitar que alguém se machuque quando meninas e meninos jogam juntos.

- Espaço A área utilizada para jogar beisebol, por exemplo, é imensa e sem o formato das quadras escolares. Marcações no chão, respeitando o desenho oficial, resolvem a questão.

      Além de tudo isso, lembre-se de que o esporte na escola é mais que apenas jogar, e também não se resume a participar de competições. Afinal, as crianças são capazes de organizar uma partida e criar estratégias sozinhas - não precisam da aula de Educação Física para isso - e esses nem são os objetivos da disciplina.

    Cuide para que as novidades se transformem em aprendizagens efetivas, traçando um plano de trabalho amplo. "O educador tem de ter objetivos claros e metodologias consistentes para que a turma faça outras coisas, como refletir sobre os movimentos que cada esporte requer, estudar as origens deles, propor mudanças de regras e elaborar variações", diz João Freire, consultor do IEE.



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

JEMG 2012 - FASE ESTADUAL

Segundo dia de jogos!!!


Hoje o restante da delegação da SRE de Campo Belo chegou a Patos de Minas. Campo Belo e Perdões se juntaram a Lavras para a disputa dos jogos.
Ah! A Cerimônia de Abertura foi legal. Um mundo de alunos/atletas invadiu a quadra do PTC...
Amanhã começa a disputa da peteca. Boa sorte ao participantes!!!
O time de basquete feminino de Lavras fez uma bela partida hoje e mostrou que veio para disputar o primeiro lugar.
Até amanhã!!!


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Diário de JEMG - 1º Dia


Meu Deus!!! Que cansaço!!!! 
Patos de Minas é uma cidade maravilhosa! Povo acolhedor e simpático...
Reencontrar a galera foi algo emocionante... todo mundo em prol do esporte de Minas Gerais!! 
Desta vez abandonei o futsal!!! Estou na Comissão de Alimentação, Alojamento e Segurança! Aff!!! Difícil hein?? 
A galera de Lavras já está na cidade e amanhã chega Perdões e Campo Belo!!!!


Agora vou descansar... até amanhã!!!


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Videoconferência do JEMG

                         Videoconferência pré-etapa estadual é no dia 26


Será realizada na quinta-feira, 26 de julho, a partir das 09h, a terceira videoconferência do Programa Minas Olímpica Jogos Escolares de Minas Gerais - JEMG/2012 nos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT's) de todo o Estado.

Na oportunidade, os representantes de municípios, das Superintendências Regionais de Ensino (SRE's), professores de educação física e pessoas interessadas nos Jogos poderão esclarecer suas dúvidas sobre a participação e as inscrições para a etapa estadual do JEMG/2012, além de receberem informações importantes sobre o evento.

Estarão presentes integrantes da Secretaria de Estado de Esportes e da
Juventude, da Secretaria de Estado de Educação e do Ibdeec.

Temas da 2º Videoconferência do JEMG/2012:

1 - Participação na etapa Estadual: locais de competições, alojamentos e horário de chegada a Patos de Minas;

3 - Modalidades e competições paralímpicas;

2 - Alimentação: confirmação das datas e refeições, divulgação do cardápio, fornecedores, previsão de entrega dos insumos, horários, preparação e distribuição da alimentação nos alojamentos;

3 - Programação das RTs e qualificações dos assistentes de quadra, treinadores e técnicos (horários, locais e conteúdos);

4 - Atestados médicos;

5 - Declarações de graduação para alunos-atletas do judô e taekwondo;

6 - Inscrição, uniforme e participação nas Olimpíadas Escolares em Poços e Cuiabá, além das Paralímpicas em São Paulo.

JEMG 2012 - Fase Estadual


Etapa Estadual − 30/07 a 05/08
Escolas campeãs nas 6 Regionais nas modalidades coletivas, os 3 primeiros lugares do atletismo e os 4 primeiros do xadrez.
Escolas campeãs e os 3 primeiros lugares das modalidades individuais e os 4 primeiros lugares do xadrez (Belo Horizonte).
Escolas inscritas do município sede.
Inscritos no atletismo PCD, judô, natação, peteca e tênis de mesa.